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segunda-feira, 11 de junho de 2012

FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO




FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO

Texto básico: Lucas 3:8-14
8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
9 - E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.
10 - E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois?
11 - E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.
12 - E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer?
13 - E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.
14 - E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.

Introdução.
Estamos vivendo a era da informação, as pessoas têm acesso a uma quantidade ilimitada dela ao simples clique de um mouse. Livros de todos os gêneros literários, artigos e opiniões dos mais variados autores e correntes de pensamento inclusive sobre as questões relacionadas ao Reino de Deus, em fim, para quem quer conhecimento tem onde encontrar.
O que isso tem haver com frutos dignos de arrependimento? Existem muitas respostas, mas vamos nos ater a duas: as pessoas não querem apenas conhecer a nossa fé, querem ver a nossa fé em ação; a nossa fé e salvação precisam ser evidenciadas através dos nossos frutos.
Vamos discorrer mais sobre assunto, caminhe comigo pelas Escrituras.

Desenvolvimento.
1.    Fruto.
Do grego karpos: aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado.
A terminologia da palavra “fruto”, dentro do contexto da passagem que lemos, nos dá o significado de: “Resultado, consequência”. João Batista dirigiu-se especificamente aos fariseus. Pois “aparentemente” falavam de Deus, confessavam a Deus, mas não se via frutos que realmente comprovassem que eles eram amigos de Deus. Por isso João Batista os acusava de não produzirem frutos dignos de que verdadeiramente andavam com Deus.
Em nossos dias está acontecendo algo semelhante. As pessoas falam que são de Deus, que já aceitaram Jesus. Entretanto, pouco se vê os frutos de tudo isso. Francamente não me admiraria se João Batista estivesse vivo hoje e  chamasse  muitos cristãos de “raça de víboras”. E uma pergunta que ele fez não me deixa calar aqui: “Quem vos ensinou a fugir da ira futura?” João Batista se referia à presunção dos fariseus e dos saduceus de que por serem filhos de Abraão estariam salvos ou livres do juízo de Deus. Não podemos presumir que uma simples confissão de aceitar a Jesus Cristo vai nos garantir alguma salvação. Temos que produzir frutos dignos de arrependimento. Podemos ver que a teologia de João Batista tinha um foco bem radical: “NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM EVIDÊNCIAS”.

2.    Digno.

Do grego axios: adequado, próprio, conveniente, que tem o peso de outra coisa de valor semelhante, que vale tanto quanto.
As nossas atitudes precisam ter um valor correspondente ao sacrifício de Cristo, pois ele nos leva ao arrependimento, que por sua vez nos faz frutificar.

3.    Arrependimento.
Do grego metanoia: mudança de mente (de um propósito que se tinha ou de algo que se fez)
O termo não se refere a mudança de atitudes, mas mudança de intenção, de propósitos, pois muitas vezes temos boas atitudes com má intenção.
Romanos 12:2
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Nós não nos arrependemos do que é certo, mas do que é errado, do que é desagradável aos olhos de Deus.
Ora, todos sabemos quais eram os nossos conceitos sobre a vida e tudo que a cerca; sabemos quais as motivações que estavam por trás das nossas atitudes; sabemos as consequências das decisões para nós e para os outros.
Certamente não teríamos determinadas atitudes novamente, independente de começarmos a caminhada com Cristo, pois suas consequências foram desastrosas, porém outras só não repetiríamos convencidos pelo Espírito Santo, pois, aparentemente foram boas, ou, no mínimo, inofensivas para nós mesmos, contudo a intenção não era pura.

4.    Os frutos não são nossos.
Observe que os frutos não estão centrados em nós mesmos, mas são dirigidos aos outros, às nossas atitudes em relação ao próximo.
Todas as respostas de João Batista se referiam a atitudes que atingiriam outras pessoas.

5.    Os frutos.
Gálatas 5:22-25
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra estas coisas não há lei.
24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 - Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.

Amor (22) é o amor puro, desprendido, sacrificial, que Deus mostra para conosco. A única maneira de aprendermos este amor é olhando para seu exemplo.
Sabemos, pelo exemplo de Deus, como amar. Este amor sempre procura o melhor para aqueles que são amados. Deus procurou o melhor para nós quando deu seu Filho. O esposo que ama sua esposa procura cuidar dela e protegê-la, até ao ponto de sacrificar sua vida para salvá-la (Efésios 5:25). O discípulo que ama Cristo obedece a tudo que o Senhor ordenou (João 14:15). Mas o imitador de Deus que ama seus inimigos não procura destruí-los, mas ajudá-los e salvá-los (Mateus 5:43-48). Não há maior desafio nas escrituras do que amar como Deus ama. Em contraste com as paixões da carne, vazias e passageiras, este amor é eterno (1 Coríntios 13:13).
Alegria (22) descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4).
Paz (22) é a sensação de bem-estar e tranquilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes deu esta segurança: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Jesus não está fisicamente presente neste mundo, mas nos deixou sua paz!
Longanimidade (22) é a capacidade de pensar antes de agir. Deste modo, demonstramos paciência e perseverança. Por causa da sua longanimidade, Deus tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados (2 Pedro 3:9,15).
Benignidade (22) que se compraz em fazer bem, que se alegra em fazer um benefício a alguém. Note que não se trata de dar algo, mas de fazer algo.
Bondade (22) é semelhante a benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco. Podemos ser generosos para com outros.
Fidelidade (22) é a lealdade que mantém sua palavra, cumpre suas promessas e não trai os outros. Empregados devem mostrar esta qualidade em seu trabalho (Tito 2:10). Aqueles que ensinam o evangelho têm que mostrar fidelidade em seu uso da palavra, percebendo que serão julgados por Deus (2 Timóteo 2:2: 1 Coríntios 4:1-4).
Mansidão (23) é algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada.
Domínio próprio (23) é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2 Pedro 1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne.

Conclusão.
A Família Lemuel precisa, por ser consagrada a Deus, produzir frutos dignos do arrependimento em todo tempo, em todas as circunstâncias, com todas as pessoas indistintamente.
O que caracteriza o arrependimento e a conversão não são as línguas estranhas, o cântico contrito, as palavras bonitas e cheias de citações bíblicas, a frequência aos cultos, mas a demonstração dos frutos do arrependimento, dos frutos do Espírito no cotidiano.

Pr. Eduardo Henrique
Ministração realizada no MBLemuel no dia 06 de junho de 2012.

BIBLIOGRAFIA:
Bíblia de Estudo Plenitude
Bíblia de Estudo Dake
Bíblia Hábil


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